sábado, 23 de abril de 2011

Capa, como um amigo

Mesmo que não tenha capa e seja formado apenas por um amontoado de papeis, esse livro não terá o direito de ser lido? :)
As palavras escritas em cada uma dessas folhas não tem o significado alterado só por causa de uma capa e portanto não é uma capa ou um tipo de letra "bonito" que mostra a verdadeira riqueza presentes em cada palavra.

Os amigos tendem a ser como isso, não depende da cor de pele de alguém, de alguma deformação presente no seu corpo ou da classe social dessa pessoa que me faz considerar essa pessoa digna ou não de ser considerada minha amiga. Eu não saio logo dizendo que não gosto de alguém porque se veste de determinada maneira, porque age de uma forma diferente; pouco me importa ser "betinha" e muito mimada a ser uma valente "metaleira"e estar-se nas tintas para as coisas. Não somos necessariamente aquilo que os nossos amigos são, não temos de ser ALGO porque não somos o produto de ALGO...

As pessoas com quem não criamos laços e passam por nós, "distantes" na rua também não são diferentes :) Qual a diferença dos sonhos de alguém? O que importa é se realmente os concretizas através da tua própria força, se ages através do teu esforço e não do de alguém.

Não faz parte de mim "julgar um livro pela sua capa", porque por vezes há livros que não têm mesmo uma :) porque o que me vai ser útil em alguém é o que essa pessoa tem para me mostrar e ensinar, capa? A capa apenas tem a utilidade de proteger o que os livros têm de mais importante: as folhas, as palavras...

Os amigos não são muito diferentes das capas... Porque são os amigos que enriquecem e protegem, são os amigos que sofrem os pequenos e os grandes golpes. Eles podem não existir com esse propósito, mas que eles estão lá nessas alturas, eles estão :)
.
.
.
.
.
Não escrevo isto pensando em alguém ou numa situação concreta, raras vezes faço isso. escrevo porque me vem à cabeça e estou-me nas tintas se alguém gosta ou não. comentários, tem uma secção aí abaixo para isso mesmo

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Voltei! XD ("Amor numa noite de chuva de estrelas")

Ouvem-se sopros, ouvem-se gritos, ouvem-se gemidos
Mas não há sinal de guerra, não há feridos,
Apenas dois corpos despidos,
No nada, de tudo eles estão esquecidos.
Os seus cabelos longos, espalhados no lençol
Lembram flores primaveris, calorosos raios de Sol
Que segredam ao ouvido, no banco do jardim
Palavras de Amor, vestidas de cetim.
Passeiam no parque de mão dada, trocando beijos ardentes.
..
Um dia, por uma janela
Todo o calor do Sol entrou
E aqueceu o corpo de uma donzela
Que nos braços do rapaz se entregou.
Então os dois rolaram pela disfarçada
Timidez que os uniu
E depois de já conquistada
Apenas Amor Ela lhe pedia
Mas do corpo dele algo mais cresceu
E de um beijo, com Amor respondeu.
..
Disfarçada naquela guerra
Onde dois corpos se amavam
O luar já iluminava a terra
Por onde caminhavam jovens canções
Que pelo pomar semearam
E de Amor alimentavam
Suaves lábios das donzelas e seus preciosos corações :)
Published with Blogger-droid v1.6.6

Desire star collision

O leve desejo
Arranca o pudor da minha pele
E excita o odor de dois corpos
Mergulhados num mar de lençóis
Onde o mar se fez azul
E o céu rodou também
À volta da Lua que
Se sentiu mais desejada
Que tesouro de rei esquecido.
E se me pedes a mão
Dar-te-ei um beijo
Leve, forte e selvagem, como são
Os teus também
E se te solto por um momento, do desejo
Agarras, possuis, fazes fogo à flor da pele
..
Fomos duas estrelas que se amaram no nada.
Mas o nosso brilho foi mais forte que a distância e superou todos aqueles PARSEC's e todos aqueles anos-luz Com todo aquele amor que se fez nas tardes de Verão, fizemos chover estrelas rugir vulcões e lá no alto só a luz prateada nos fez descer à Terra.
As perseidas vieram para nos receber e nos braços de Vénus caí, apaixonado, porque a mais louca das ninfas me tinha dentro de si, extasiado em tal corpo que de tanto dar de beber à minha Alma, de desejo a embriagou.
Published with Blogger-droid v1.6.6

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Perdido, na noite dentro de mim

Perdido, na noite dentro de mim
descubro que não tenho mais estrelas
que me guiem até onde antes era,
na tenra infância, amado por todos
naquela doce e meiga inocência.

Não sei mais ser como era
E por vezes não sei mais ser quem sou
Ou se quero ser alguém sequer.

Acredito que em algum lugar,
não sobre um arco-íris, não entre as montanhas do mundo
eu vá encontrar aquilo que realmente desejo
para que eu possa ser quem realmente quero,
Ser livre, livre de quaisquer complexos sociais,
livre do ter de viver como os outros
livre de ter de escolher como os outros.....

Meio sem fé, sempre procurei um sinal,
um caminho ou a ideia de alguém
que fosse capaz de levar-me onde queria
ou pelo menos fazer-me esquecer das duvidas,
do medo do perigo, da vida e de quem verdadeiramente sou.

Escondi-me dentro de mim
(E até de mim próprio)
para nunca mais me mostrar ao mundo,
com medo de voltar a sofrer,
a não ser compreendido ou desejado.

Mas algures na vida, num momento inesperado
Surgiu um olhar que rasgou os raios de sol
E cegou-me com o seu brilho.

Vi um olhar igual ao meu,
com a mesma vontade de viver
que está presa a um corpo
e espera pela chave da porta do seu quarto.

Desde então deixei de ter medo de ficar parado
A olhar para o Sol e ter medo de cegar
porque eu quero aprender os seus segredos
e não tenho medo de encontrar o que está lá dentro.

E mesmo que a sua voz não me fale,
eu continuo a ouvi-la
a incentivar o meu espírito a rebelar.
E mesmo que não sinta o seu toque,
é a liberdade que me escapa pelos dedos
e me faz procurar por mais.
Por todos os olhares, por todos os encontros
eu surpreendo-me sempre que me cruzo
Contigo, com o meu novo Sol.

Em TI, vi o novo Eu,
o antigo Eu, o Eu de sempre,
porque me mostraste um sorriso verdadeiro,
sentimentos que não se podem fingir,
como o medo ou as tuas palavras em versos.

Mesmo que se ergam demónios dos céus
ou a distância fique mais forte,
eu vou sempre ficar, longe mas sempre perto,
tão perto que nunca deixarás de ser sol
e eu aquele curioso que não tem medo de cegar
e olha-te com coragem e determinação.


Continuo naquele panorama secante... meio trengo :P sorry for that eheh

Dá-me p'ra isto...

Sem ter bem a noção do como e do porquê, não tenho conseguido escrever ultimamente... Tenho tentado desde sempre, mas dei por mim com um espírito seco, sedento por novas aventuras, novas emoções e o fim deste deserto onde nenhuma palavra surge, vinda de um oásis remoto e profetizando novos desafios e conquistas.

Muitas coisas aconteceram desde então, estou a ter a minha experiência de trabalho enquanto ao mesmo tempo saboreio o que pensei fazer durante este ano - ler bons livros, conhecer novos autores, relembrar todas as amizades que estavam guardadas "na gaveta" (mas que mesmo assim nunca saíram do coração).

Sinceramente, não tenho a mínima ideia do que vou seguir no curso superior, mas nessa altura o acaso vai me ajudar e sempre posso contar com o empurrãozinho do meu coração :P Não sou o tipo de pessoa que faz planos a futuro, coisas desse tipo não combinam com o meu estilo de vida...

Ora, mas o que me trás aqui é outra coisa :) estava eu a ler uns mails que tenho trocado e deparei-me com um poema meu escrito à meia dúzia de dias e pensei: "é pá, fui eu que escrevi? até não está mau :P" ... eu até penso que não esteja... comparando com o que me tem surgido até agora :)
Vou postar já a seguir..

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Trovador desejo

Podia ficar a noite inteira a olhar para ela

Vê-la sorrir enquanto fala comigo

Tentando adivinhar o que se passa na cabeça dela

O que será que significo? Serei eu mais que um amigo?

Fico a observar as constelações que existem no seu olhar

Sentindo o suor de sensualidade

Enlouquecendo de desejo ao ouvir falar

Aquele ser monumental, aquela mulher de verdade.

Ao dançar com ela meus olhos fixam os seus,

Meu corpo anseia pelo dela

Para tornar meu, o amor da herdeira de Zeus,

Roubando a Afrodite a sua personificação mais bela;

Beijo-a na boca, ate sentir o seu coração arder,

Desço os lábios ate ao pescoço

E com minhas mãos procuro o caminho para o prazer

Sou picado pelo ferrão do desejo, que me invade ate ao osso

Contemplo o moreno de sua pele acariciada pelo luar

Provo a suavidade dos seus lábios com meus dedos

Olhando-a nos olhos beijo-a novamente, para a chama não se apagar,

Quero desvendar seus segredos,

Preciso de sentir o desejo de um ser tão poderoso,

Toco nos seus seios com os meus lábios a ferver,

Contorno-os com a minha língua, pois meu corpo é guloso

Meus poros transpiram de prazer,

Lentamente, vou descendo do seu peito

E vou beijando cada centímetro seu

Então digo o que ela significa para mim, como é importante ser o eleito,

Vou despindo a fronteira que separa o seu mundo do meu

Digo que a amo e envolvemo-nos num Universo desconhecido

Que à tanto por nossas almas fora esquecido.

Transpiramos de amor

Ondulando no prazer

E anoitecendo com nossos suspiros de desejo, envolvendo-nos em seu sabor

Que nos consome por dentro e me faz mais querer

O seu corpo, a sua voz, a sua magia

Que torna seus os Universos

Do mundo de minha fantasia

E faz ainda mais incertos

Os dias em que vivo perdido

Quando meu espírito procura o corpo capaz

De levar este apaixonado de volta ao paraíso à muito esquecido

Onde imperam olhares e sorrisos que esta noite nos traz.

Não é física, é metafísica, esta noite quebramos todas as barreiras

Não é dogma ou teoria, nosso amor é pecado subatómico

Somos a constante de nossas equações, fizemos do Universo nossas fronteiras

Somos a noite e o dia, os olhos da fera que espreita no escuro subatómico

O silvo que nasce da escuridão

Tenho o orvalho matinal que colhe os sonhos pelo horizonte deixados

E Eros nas palavras que escrevo por cada paixão

Que vivi, que agora esqueço, por serem fruto de amores passados.

Deixo a noite tomar conta de meu corpo em ardente desejo

Para conduzir minha amada até ás estrelas, que nos esperam

Onde brilha nossa paixão, que de minha inveja protejo

Nosso Universo de lençóis agora nos abraçam, novos sonhos esperam,

Exploro meu corpo à procura do seu

Quando em estranho prazer me perdi

Depois que meu corpo do seu espírito renasceu

Que em seu corpo meu espírito senti.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Há sempre alguém para amar

Há sempre alguém para amar,

Para ser amado, desejar

Que esteja a nosso lado, abraçar

Quando nos sentimos sós ao luar

No céu, alguém que nos faça brilhar

Na noite, no seu olhar,

Um porto seguro, no mar

Bravio, sombrio, onde nos possamos refugiar.

Sozinho, lobo-do-mar,

Sou marinheiro da vida, procuro amar

Alguém que possa minhas velas içar

E me ajudar no mar da vida navegar;

Não por opção, por destino de amar

Navego sozinho, na vida e no mar

Feito de ventos fortes, dias a bolinar,

Meu navio, construí com fantasias que perdi, ao ancorar

No abismo, no imenso infinito onde haviam de dar lugar

A gordas lágrimas de áspera água e mistérios a assomar

No sorriso improvisado, contrabandeado, com que tento enganar

O reflexo, que outrora pensou conquistar

O céu do mundo, o sentido de tanto esperar

Para a busca do tesouro findar.

Não tenho vivido, tenho sobrevivido

Ao tempo, à saudade

Daquela que eu amo de verdade,

Que deixou o mundo e me deixou perdido,

Esquecido, nas correntes a navegar

Sem mapa nem destino para me guiar.